Children of Morta é focado em uma família. Os Bergsons, guardiões que devem combater juntos a corrupção que tomou parte do mundo. Mas por que isso aconteceu, por que agora? Para sanar essas dúvidas e impedir que a corrupção vença eles devem se unir adentrando as masmorras de três regiões diferentes.
A família
De início o jogador tem disponível John, o pai, e Linda, a filha mais velha. Conforme a história avança, outros familiares são liberados, resultando um total de seis familiares. Cada um deles tem particularidades, habilidades e personalidades diferentes.
Eles são tão distintos que decorei o nome de cada um rapidamente. E isso é surpreendente, porque sou péssima com nomes de personagens. Eu ainda lembro de cada um deles e dos seus modos de luta mesmo após finalizar o jogo. Claro que você terá seus favoritos, dependendo do seu estilo. Há ataque corpo a corpo, defensivo, a distância, mágico e rápido.

Porém, eles são família e apesar de serem muito diferentes entre si, eles carregam algo em comum. Isso é visto nos “traços de família”, habilidades dos Bergsons que favorecem todos os familiares, além daquelas únicas de cada um.
As masmorras
Para ganhar pontos de habilidade os Bergsons devem adentrar as masmorras que podem ser acessadas em um portal na residência da família. No melhor estilo roguelike, cada ida às masmorras é diferente, com inimigos e itens sendo encontrados em outros locais.

Os itens são vantagens usadas pelos Bergsons, há três tipos deles: Encanto, que é usado uma única vez fornecendo uma vantagem temporária; Relíquias, que podem ser usados várias vezes com um cooldown entre os usos e, por fim, as Graças Divinas, que são itens passivos. Com o tempo, você irá conhecer todos eles de vista e saber quais são os melhores para cada personagem.
Pequenas acalentadoras histórias
Mas não só de combate vivem os Bergsons. Entre uma ida e outra nas masmorras, podemos ver pequenas cenas de histórias que trazem todo um brilho para Children of Morta. Essas histórias não são somente focadas na corrupção e combate da mesma, mas conhecemos um pouco mais de cada personagem por meio delas e nos afeiçoamos a eles.
Nas masmorras, além da missão principal, o jogador pode encontrar missões e histórias secundárias ajudando andarilhos e até libertando alguns NPCs, como um vendedor, que será muito útil para a família.

Cooperativo
Jogar Children of Morta é divertido e desafiador, mas o melhor mesmo é jogar acompanhado. Se tratando de um jogo focado em família, nada melhor do que chamar a sua para jogar. Completei a jornada dos Bergsons ao lado do meu marido e foi uma experiência muito divertida. O jogo incentiva o cooperativo, onde, por exemplo, poções curam os dois integrantes.
A única possível disputa seria com relação aos itens encontrados, mencionados acima. Mas não é nada que não se resolva com diálogo (e um pouquinho de amor).

As masmorras trazem um desafio moderado. Para quem tem paciência e gosta de subir de nível antes de enfrentar novos mapas, o desafio deve ser menor, mas seguindo o ritmo do jogo as coisas ficam realmente difíceis.
Conclusão
O sistema da família, a personalidade e particularidade de cada personagem, além de uma história envolvente, fazem de Children of Morta um dos melhores RPGs desse ano. Infelizmente a experiência não é totalmente prazerosa por causa de alguns bugs, como no final, depois de enfrentar a primeira parte do chefe. Se um dos jogadores morre, o game trava na tela do jogador morto, mas não é possível revivê-lo.
Os bugs, porém, não são capazes de ofuscar o brilho de Children of Morta. Depois de parar, não via a hora de voltar a jogá-lo e mesmo depois de terminá-lo sinto vontade de retornar para os Bergsons.